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Confutação de algumas heresias da Igreja Católica Romana: o culto a Maria

A igreja católica romana, como bem sabeis, tributa um culto a Maria, a mãe de Jesus. A Maria são dirigidas orações e cânticos; as estátuas e as imagens que a figuram estão um pouco por todo o lado, nas basílicas católicas, nos hospitais, nos orfanatos, nos colégios, pelas ruas, pelas praças, sobre os montes, nas grutas, nas casas; por elas muita gente entra em delírio, diante delas muitas pessoas se prostram invocando-a para que as ajude, as cure, as console, e para que as salve. A Maria são também dedicados dois meses por ano; Maio, o mês de Maria; e Outubro, o mês do Rosário. Algumas das festas universais em sua honra são: 1) A Imaculada Conceição (8 de Dezembro); 2) a Natividade (8 de Setembro); 3) a Anunciação (25 de Março, nove meses antes do natal); 4) a Purificação (2 de Fevereiro); 5) a Assunção (15 de Agosto). Por quanto respeita depois aos santuários marianos venerados por milhões de Italianos existem dezenas deles em toda a Itália. No mundo inteiro são muitíssimos.

Maria na realidade é mais importante do que Jesus para os Católicos romanos [1], para eles é uma espécie de deusa omnipotente a quem até Jesus deve obedecer. Isto é o que lhes inculcaram os padres desde a sua meninice. De Maria é dito pelos padres que foi concebida sem pecado e durante a sua vida nunca pecou, que é a mãe de Deus, que permaneceu sempre virgem, que foi a primeira pessoa a quem Jesus apareceu depois de ter ressuscitado, que foi elevada ao céu alma e corpo após ser ressuscitada, que no céu ora pelos Cristãos, que um dia esmagará a cabeça do diabo, que é co-redentora da humanidade, que é a nossa senhora, e que é a mãe da Igreja.

Confutação das heresias ditas sobre Maria

Ela foi concebida sem pecado. ‘Maria no primeiro instante da sua concepção, por uma graça especial, foi preservada pura de toda a mancha de pecado original. – É de fé.’ (Bernardo Bartmann, Manual de Teologia Dogmática, vol. II, pag. 168). Portanto Maria teria sido concebida e teria nascido sem pecado. O dogma da imaculada conceição de Maria foi emanado, com o favor dos Jesuítas, por Pio IX em 1854 nestes termos: ‘A santíssima Virgem Maria no primeiro instante da sua concepção, por uma graça e um privilégio singular de Deus omnipotente, em previsão dos méritos de Jesus Cristo Salvador do género humano, foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original’ (Bula Ineffabilis Deus de 8 de dezembro de 1854). A razão adoptada é que Jesus para poder nascer imaculado necessitava de uma mãe também imaculada.

Este dogma é uma mentira porque todos os homens e todas as mulheres nascidos sobre a terra (além de Jesus) nascem com o pecado conforme está escrito: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sal. 51:5), e ainda: “Todos pecaram” (Rom. 3:23), por isso também Maria tinha pecado e não podia dizer, e estamos seguros que não o disse ou pensou alguma vez, de ter nascido sem pecado [2]. O facto de ela própria ter reconhecido que Deus era o seu Salvador dizendo: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lucas 1:46,47), demonstra que ela não tinha nascido sem pecado, porque em tal caso não chamaria a Deus seu Salvador e não teria tido necessidade de ser salva. ‘Mas os teólogos romanos afirmam que também Maria foi salva’, dirá alguém. Nós respondemos: ‘Sim, mas a tal propósito fazem um discurso todo particular’. Bartmann diz por exemplo: ‘Também Maria foi remida por Cristo, como todo outro homem, mas de modo diferente a todos os outros (…) A sua redenção consiste na preservação e não na libertação do pecado (redemptio praeservativa, não reparativa)’ (Bernardo Bartmann, op. cit., pag. 169). Mas nós queríamos perguntar a este: ‘Mas se Maria foi preservada do pecado mas não liberta dele como se pode afirmar que ela foi salva?’ Temos que reconhecer que os teólogos romanos fizeram recurso a toda a espécie de sofisma para enganar as pessoas! Não, não é de modo nenhum assim como dizem os teólogos papistas. Paulo diz aos Gálatas que “a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes” (Gal. 3:22), por isso também Maria tinha sido encerrada por Deus debaixo do pecado para que também ela obtivesse misericórdia pela fé no Senhor Jesus Cristo. Mas queremos exibir uma outra prova escritural que Maria não nasceu sem pecado, o sacrifício que José e Maria ofereceram no templo quando foram apresentar o menino Jesus (cfr. Lucas 2:22-24). A lei diz de facto: “Mas, se as suas posses (da mulher) não bastarem para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos: um para o holocausto e outro para a oferta pelo pecado; assim o sacerdote fará expiação por ela, e ela será limpa” (Lev. 12:8). Portanto Maria teve que oferecer também ela aquele sacrifício pelo pecado. Agora, nós perguntamos: ‘Se ela estivesse sem pecado que necessidade havia de oferecer aquele sacrifício?’ Nos respondam os contenciosos. Mas vejamos agora quais são as inevitáveis consequências a que leva a afirmação papista de que para que Jesus pudesse nascer imaculado era necessário que também sua Mãe fosse imaculada. Antes de tudo faz-se passar Deus por mentiroso porque Ele diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom. 3:23); e depois exalta-se Maria sobre todas as outras criaturas fazendo-a parecer uma espécie de deusa quando com efeito ela se declarou a serva do Senhor; depois faz-se esquecer às pessoas que Jesus nasceu sem pecado não porque sua mãe estivesse sem pecado mas porque foi gerado no ventre de sua mãe pelo Espírito de Deus que é santo e portanto Deus não precisava de uma mulher sem pecado para fazer nascer o seu Único Filho do seu ventre. Além disso se Maria era imaculada teremos que deduzir que também sua mãe, sua avó e todas as outras mulheres presentes na sua genealogia fossem também elas imaculadas, e portanto se estabeleceria uma cadeia de mulheres imaculadas, o que é diabólico. E por fim definindo Maria nascida sem pecado e que viveu também sem pecado (porque se deve ter presente que a igreja papista também ensina que ela ‘foi isenta durante toda a sua vida do pecado pessoal’ [Bernardo Bartmann, op. cit., pag. 174] [3]), é por conseguinte espontâneo dizer que ela não precisou de ser resgatada e purificada pelo sangue de Cristo como os outros, precisamente porque estava sem pecado. Mas então como é que morreu se ela estava sem pecado dado que a Escritura diz que “entrou… pelo pecado a morte” (Rom. 5:12) e que “o aguilhão da morte é o pecado” (1 Cor. 15:56)? A resposta é uma só: pelos pecados dos homens!! E eis que então há duas mortes expiatórias e não mais só a de Cristo. E não é porventura assim para os Católicos romanos? Quando eles chamam Maria co-redentora da humanidade o que querem dizer senão que Cristo remiu os homens junto com ela? Eis quais são as outras heresias que brotam do dogma da imaculada conceição de Maria. Pela enésima vez se tem que reconhecer que um abismo chama outro abismo.

Ela é a mãe de Deus. ‘Maria é Mãe de Deus em sentido verdadeiro e próprio. – É de fé’ (Bernardo Bartmann, op. cit., pag. 157). Maria foi definida mãe de Deus pelo concílio de Éfeso de 431. O segundo concílio Constantinopolitano lançou o seguinte anátema contra os que não a consideram tal: ‘Se alguém afirma que a santa gloriosa e sempre virgem Maria só impropriamente e não segundo verdade é mãe de Deus (…) e não a considera deveras e segundo verdade mãe de Deus (…) este seja anátema’.

Esta doutrina é uma mentira porque Deus é o Criador de todas as coisas enquanto Maria era apenas uma criatura. Certo, ela foi escolhida para dar à luz o Filho de Deus, mas tende sempre presente que a Palavra que foi feita carne estava com Deus e era Deus antes que Deus criasse todas as coisas, portanto também antes que Maria fosse concebida no ventre de sua mãe; e que o Filho de Deus co-eterno com o Pai nascesse de Maria segundo a carne porque ele era o Unigénito que estava junto do Pai antes da fundação do mundo; e por fim como por meio da Palavra foram feitas todas as coisas e “sem ela nada do que foi feito se fez” (João 1:3), assim por conseguinte também Maria como todas as outras criaturas foi feita por meio da Palavra e por isso não pode ser definida ‘mãe de Deus’ mas deve ser chamada apenas a mãe de Jesus. Querer defender a divindade de Cristo dizendo que Maria é a mãe de Deus (como fez o concílio de Éfeso) é um erro porque faz aparecer aquela humilde serva do Senhor que era Maria como nada menos que a mãe do Criador! A Escritura, que é inspirada por Deus, definiu Maria a mãe de Jesus; por isso, considerando que aqueles que a chamaram assim falaram inspirados pelo Espírito Santo e acreditavam que Jesus Cristo era Deus porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, ninguém tem o direito de chamar a Maria mãe de Deus. Os teólogos da igreja romana tomam as seguintes palavras que Isabel, cheia de Espírito, dirigiu a Maria: “E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1:43), para sustentar que têm o direito de chamá-la ‘mãe de Deus’. Não é de modo nenhum assim como eles dizem, porque Cristo Jesus é o nosso Senhor mas não é o nosso Pai celestial, de facto nós quando nos dirigimos a Cristo seja nos cânticos ou em adoração não o chamamos Pai, mas sim Senhor. Este era também o comportamento dos apóstolos de facto Paulo aos Coríntios diz: “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também” (1 Cor. 8:6); e aos Filipenses diz: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fil. 2:9-11). Como podeis ver o apóstolo confessava com a sua boca que Cristo é o Senhor e não o nosso Pai celestial, de facto nestas Escrituras o Senhor Jesus Cristo é mencionado separadamente de Deus Pai. Portanto Isabel fez bem em chamar Maria, “mãe do meu Senhor”, porque chamando-a assim reconheceu que aquele que estava no ventre de Maria era o seu Senhor. Também nós afirmamos que Maria era a mãe do nosso Senhor, mas assim dizendo não atribuímos a Maria, nem culto, nem particulares e especiais cuidados mas dizemos somente a verdade acerca dela. Lembrai-vos que quando os magos vindos do Oriente entraram na casa onde estava o menino Jesus, a Escritura diz que eles “viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mat. 2:11). Aqueles magos viram tanto o menino como sua mãe mas prostraram-se para adorar o menino e não Maria sua mãe, no entanto sabiam que aquela mulher era a mãe do rei dos Judeus que tinha nascido. Além disso, quando eles abriram os seus tesouros pegaram em dádivas para oferecê-las ao menino e não à sua mãe. Lembrai-vos também que um dia enquanto Jesus falava uma mulher dentre a multidão levantou a voz e disse a Jesus: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” (Lucas 11:27,28). Jesus sabia que Maria tinha sido escolhida por Deus para concebê-lo e o dar à luz; ele sabia que Maria era bendita entre as mulheres precisamente por ter posto no mundo ele que era o Filho de Deus, e isso não obstante quando aquela mulher diante de muitas pessoas proclamou bem-aventurado o ventre que o trouxe e os peitos em que ele mamou, Jesus proclamou a bem-aventurança dos que ouvem a Palavra de Deus e a guardam. Cuidai que com esta resposta Jesus não disse que Maria sua mãe não era bem-aventurada, mas deu a prioridade à bem-aventurança que experimentam aqueles que são fazedores da Palavra de Deus, em vez de à alegria que certamente a mãe de Jesus experimentou seja em trazer no seu ventre por nove meses Aquele que foi gerado (segundo a carne) pelo Espírito Santo, seja em amamentá-lo. Aliás Maria no seu cântico tinha dito: “Desde agora, pois, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas” (Lucas 1:48,49), e na exclamação daquela mulher já vemos o cumprimento dessas palavras. Ainda hoje muitos dizem bem de Maria e nós estamos entre eles, mas enquanto se trata de bendizer Maria (dizer bem dela) dizendo que ela é definida pela Palavra “bendita entre as mulheres ” e “bem-aventurada” não há nada de mal; mas quando, ao contrário, sucede que os homens além de a chamarem bem-aventurada a adoram e oram a ela então eles se fazem culpados de um pecado que é o de idolatria.

Ela permaneceu sempre virgem. ‘Maria concebeu e deu à luz seu Filho sem dano para a sua virgindade, e continuou virgem também depois do parto. – É de fé’ (Bernardo Bartmann, op. cit., pag. 163).

É falso que Maria permaneceu virgem depois do parto porque a Escritura afirma que José “recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mat. 1:24,25). Isto significa que José, depois que Maria deu à luz Jesus, conheceu sua mulher [4]. Mas não só José a conheceu como também teve filhos dela porque Jesus tinha irmãos e irmãs. Estas Escrituras confirmam que Maria concebeu e deu à luz outros filhos depois de Jesus.

Ÿ “E deu à luz a seu filho primogénito” (Lucas 2:7), por isso se Jesus tivesse sido o seu único filho teria sido chamado o seu unigénito e não o seu primogénito.

Ÿ “E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco as suas irmãs?” (Mar. 6:1-3);

Ÿ “Chegaram então os seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar” (Mar. 3:31);

Ÿ “Nem mesmo os seus irmãos criam nele” (João 7:5);

Ÿ “Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (Actos 1:14);

Ÿ Paulo aos Coríntios: “Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1 Cor. 9:5);

Ÿ Paulo aos Gálatas: “Passados três anos, fui a Jerusalém para ver Cefas, e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum dos outros apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gal. 1:18,19);

Ÿ Nos Salmos está dito a propósito do Cristo: “Tornei-me… um desconhecido para os filhos de minha mãe” (Sal. 69:8). (Como podeis ver a Escritura tinha anunciado desta particular maneira que a virgem que conceberia e daria à luz o Cristo de Deus não permaneceria virgem porque teria outros filhos, de facto o Espírito de Cristo disse através de Davi: “Tornei-me um desconhecido para os filhos de minha mãe”).

A Escritura é clara portanto a tal respeito, Jesus tinha irmãos e irmãs. Mas os teólogos romanos a obscureceram dizendo que estes irmãos eram os primos de Jesus porque na Escritura por vezes o termo irmãos se refere também aos parentes. E para sustentar isto tomam as seguintes passagens: “E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos” (Gen. 13:8); “E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão…” (Gen. 14:16); e fazem notar que Ló é chamado irmão de Abrão embora fosse filho de seu irmão Harã, e por isso seu sobrinho. Ao que nós respondemos dizendo que é verdade que por vezes a Escritura com o termo irmãos se refere aos parentes, como sobrinhos, tios, e primos; mas este discurso não se pode fazer no caso dos irmãos de Jesus porque está amplamente demonstrado pelas passagens aqui acima expostas que eles eram verdadeiramente filhos de sua mãe e não seus primos. E depois importa dizer, para confirmação de tudo isto, que pelo que respeita a Tiago ele é chamado por Paulo irmão (em grego: adelfòs) do Senhor, e não primo (em grego: anepsiòs) do Senhor. Com isto queremos dizer que se Tiago, que é chamado “irmão do Senhor”, tivesse sido primo do Senhor Paulo não o teria chamado irmão do Senhor, mas sim primo do Senhor; mas Paulo sabia o exacto grau de parentela que havia entre Tiago e o Senhor Jesus, por isso o chamou “irmão do Senhor”. Paulo nunca teria chamado o primo do Senhor o “irmão do Senhor”, porque ele o primo de alguém o chamava primo, de facto, falando de Marcos aos Colossenses disse: “Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o primo (em grego: anepsiòs) de Barnabé..” (Col. 4:10). Mas Paulo cria que o Senhor Jesus tinha não um só irmão, mas vários irmãos, de facto aos Coríntios fala dos “irmãos do Senhor” (1 Cor. 9:5) os quais, por aquilo que ele diz, eram casados; confirmando portanto as palavras de Mateus, Marcos, Lucas e João.

A interpretação dada portanto pelos teólogos romanos segundo a qual estes irmãos de Jesus eram os primos de Jesus não tem portanto nenhum fundamento escritural precisamente porque aqueles que são chamados no Evangelho “os seus irmãos” eram filhos da mãe de Jesus e não da sua tia.

Ela foi a primeira pessoa a quem apareceu Cristo depois de ter ressuscitado. É ‘legítimo pensar que verosimilmente a mãe tenha sido a primeira pessoa a quem Jesus ressuscitado apareceu’ (Corriere della Sera, 22.5.97, pag. 15), disse o actual papa.

Falso também isto. A sagrada Escritura com efeito afirma que a primeira pessoa a quem Jesus apareceu depois de ter ressuscitado foi Maria dita Madalena. Eis quanto diz Marcos: “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando” (Marcos 16:9,10). Esta aparição de Jesus a Maria Madalena é relatada pelo discípulo que Jesus amava o qual diz que depois que Pedro e João chegaram ao sepulcro e verificaram que o corpo de Jesus não estava mais no sepulcro tornaram para casa, mas Maria permaneceu junto ao sepulcro a chorar. E enquanto chorava abaixou-se para olhar para dentro do sepulcro e viu dois anjos os quais lhe perguntaram porque chorava. Ela respondeu-lhes que era porque tinham tirado o seu Senhor do sepulcro e não sabia onde o tinham posto. Dito isto, voltou-se e viu Jesus em pé mas não o reconheceu. Jesus perguntou-lhe porque chorava e quem procurava, e ela, pensando que fosse o jardineiro, disse-lhe que se sabia onde o tinham posto para lhe dizer. Então “Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni!-que quer dizer, Mestre. Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (João 20:16,17).

Ela foi elevada ao céu. ‘Finalmente, a Virgem Imaculada, que fora preservada imune de toda mancha da culpa original, terminando o curso de sua vida terrena, foi levada para a glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte’ (Concílio Vaticano II, Sess. V, cap. VIII). O dogma da assunção de Maria ao céu foi proclamado por Pio XII em 1950. A festa da Assunção de Maria ocorre a 15 de Agosto.

Esta é uma fábula artificiosamente composta para exaltar Maria. Da assunção de Maria não há o mínimo sinal na Palavra de Deus. Podemos dizer que Maria, sendo uma crente, quando morreu foi habitar com o Senhor, mas não que Maria morreu e ressuscitou e foi elevada ao céu com o seu corpo. Maria está no céu com a sua alma e lá está esperando também ela a ressurreição do seu corpo que acontecerá na volta de Cristo. Paulo disse de facto aos Coríntios que Cristo é as primícias dos que dormem e que os que são de Cristo (portanto também Maria) serão vivificados na sua vinda (cfr. 1 Cor. 15:20-23).

Ela ora por nós. Maria faz de medianeira entre Cristo e os homens porque pega nas orações que lhe fazem e as leva a Cristo. O concílio Ecuménico Vaticano II decretou a tal propósito quanto segue: ‘Elevada ao céu ela não abandonou esta missão de salvação, mas com a sua múltipla intercessão continua a obter-nos os dons da salvação eterna (…) Por isso, a Santíssima Virgem é invocada, na Igreja, com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira’ (Concílio Vaticano II, Sess. V, cap. VIII).

Isto é falso porque se faz passar Cristo por um juiz impiedoso não acessível directamente aos homens, mas só através da sua mãe que estando ao seu lado lhe enternece o coração. Mas desde quando Jesus na terra se demonstrou impiedoso para com os homens ou inacessível directamente às pessoas? Mas não está porventura escrito que Jesus ao ver as multidões tinha compaixão delas e delas curava os enfermos que lhe traziam? Mas não é porventura verdade que quando aquele leproso foi a Jesus e lhe disse que ele se quisesse o podia limpar Jesus foi movido de grande compaixão e o limpou? E que dizer de quando Jesus chorou diante do sepulcro de Lázaro, ou vendo Jerusalém? Mas não são estas provas da grande compaixão de Cristo? Mas porventura as pessoas na terra para obter piedade dele tinham que fazer-lhe chegar as suas petições através da sua mãe Maria? De modo nenhum! Não há a mínima prova de tudo isso no Evangelho. Jesus sempre endereçou as pessoas a ir directamente a ele, como quando disse por exemplo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mat. 11:28). Portanto as pessoas do mundo que ainda não o conhecem podem dirigir-se directamente a Cristo para obter graça sem necessitar da mediação de Maria. Seja pois posta de lado esta obra de enternecimento de Maria ao lado de Jesus no céu. Também para os crentes vale o mesmo discurso porque eles também não têm necessidade de nenhum mediador entre eles e Cristo porque a Cristo se pode aceder directamente com toda a liberdade, com a mesma liberdade que possuíam os seus discípulos que andaram, falaram, comeram e beberam juntos com ele quando estava na terra. Temos uma prova desta liberdade que temos de nos chegar a Cristo na invocação de Estevão antes de morrer: ele disse a Jesus: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (Actos 7:59); como podeis ver Estevão se dirigiu directamente a Cristo que estava à direita de Deus e não precisou dirigir-se a terceiros para fazer chegar a sua oração ao Filho de Deus. Maria não pode ser de nenhuma maneira medianeira porque a Escritura diz que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus homem” (1 Tim. 2:5), por isso como além de Deus não há outro Deus conforme está escrito: “Fora de mim não há Deus” (Is. 44:6), assim além de Cristo não há outro mediador porque ele é o único que existe conforme o que disse ele mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). A Escritura diz também que Cristo Jesus “pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Heb. 7:25); por isso a intercessão e a mediação de Cristo é suficiente para os que vão a Deus em seu nome, e não necessitam de modo nenhum da intercessão de algum outro. Mas a doutrina católica romana anula esta única e suficiente intercessão que Cristo desenvolve à direita do Pai dizendo aos homens: ‘Recitai sempre com grande devoção a Santa Maria com que reconheceis e invocais Maria como Mãe de Deus. Maria Virgem, porque é verdadeira Mãe de Deus, do céu pode tudo em favor dos seus devotos. Sede fervorosamente devotos dela!’ (Giuseppe Perardi, op. cit., pag. 139) e: ‘A Virgem santa, com a sua poderosa intercessão, obtém de Deus e dispensa todas as graças divinas de que é depositária’ (P. Pasquale Lorenzin O.F.M, Teologia dogmatica, Verona 1968, vol. II, pag. 505), e ainda: ‘…A Mãe espiritual dos homens conhece perfeitamente todas as necessidades materiais e espirituais dos seus filhos, e a sua intercessão provê a todos segundo as necessidades de cada alma’ (Pasquale Lorenzin, op. cit., pag. 506). Eis como Satanás tem cegado os entendimentos dos Católicos para que a luz do Evangelho não resplandeça neles! Eis o que lhes é ensinado, que Maria é omnipotente no céu quando na realidade não pode fazer absolutamente, e repito absolutamente nada, em favor dos homens que a invocam não só porque não os pode ouvir mas porque não tem o poder de socorrer os mortais como não o têm também os outros fiéis que estão no céu. Também a afirmação de que Maria conhece todas as necessidades dos homens é falsa porque a Escritura diz que “os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ecl. 9:5), enquanto aquele de quem se testifica que vive, Ele, digo, conhece as coisas que todos nós necessitamos ainda antes de lhas pedirmos, porque ele é omnisciente.

Eis agora algumas Escrituras que nos mostram que nós somos chamados a orar a Deus só em nome de Cristo:

Ÿ Jesus disse: “Tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14:13,14) e também: “Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra” (João 16:23,24);

Ÿ Paulo diz aos santos de Colossos: “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus…” (Col. 3:17).

Nós crentes nos chegamos ao trono da graça num só nome, o do Senhor Jesus, como precisamente ele mesmo mandou; somos atendidos por Deus Pai em virtude da sua mediação, isto é o que experimentamos continuamente.

Por fim, por quanto respeita à advocacia de Maria devemos dizer que ela é uma impostura porque está escrito claramente: “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1). Quem crê verdadeiramente em Cristo entrega a sua causa a Cristo, o seu advogado, e não a Maria que não pode defender ninguém no céu como pelo contrário pode fazer Cristo Jesus.

Algumas palavras agora sobre o rosário. O rosário é tanto um objecto material como um modo de orar que usam os Católicos romanos na sua devoção a Maria. Com este modo de orar eles recitam cinco dezenas de Ave Maria, que são intercaladas a cada dez por um Pai Nosso e por uma brevíssima meditação dita mistério que consiste em recordar alguma coisa que concerne à redenção, como a entendem os Católicos, portanto pensando também na intervenção de Maria, de facto os dois últimos mistérios se referem à assunção de Maria e à sua coroação no céu que não são mais que fábulas. Para facilitar a recitação de tal oração eles usam um objecto chamado Rosário ou Terço, formado por uma série de cinquenta pequenos grãos encadeados entre eles e divididos a cada dezena por um grão um pouco mais grosso. Os grãos pequenos representam as Ave Maria, enquanto os mais grossos os Pater Noster. O rosário ‘completo’ consiste na recitação de três terços. Falando do Rosário se deve falar da oração dirigida a Maria que leva o nome de Ave Maria, nome que lhe foi dado pelos Católicos com as palavras que o anjo Gabriel dirigiu a Maria quando lhe apareceu e a saudou, precisamente: “Ave (Te saúdo)” (Lucas 1:28). Esta oração tem um pouco mais de quatro séculos de vida dado que foi introduzida completa no breviário em 1568. A oração diz: ‘Ave Maria. Cheia de graça o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte’. Como podeis ver esta oração é uma invocação a Maria na qual está também as palavras que Isabel dirigiu a Maria quando esta a foi visitar; nela Maria é chamada cheia de graça e mãe de Deus coisas que não são verdadeiras porque Maria não era nem cheia de graça e nem a mãe de Deus, mas apenas uma humilde serva do Senhor que deu à luz Jesus. Com esta oração os Católicos dizem a Maria para rogar por eles naquele momento e na hora da sua morte, coisa que vimos Maria no céu não pode fazer porque ela não pode de nenhuma maneira nem ouvi-los e nem interceder por eles. Mas eu digo: ‘Mas quando na Escritura se diz alguma vez que Maria quis que os discípulos de Jesus orassem a ela? Mas quando alguma vez Maria enquanto ainda estava viva lhes deixou dito para orar a ela porque no céu ela poderia ouvi-los?

Os Católicos dizem as suas orações mecanicamente pensando ser ouvidos pela multidão das suas palavras: o que importa para eles é alcançar o número de orações estabelecido, nada mais. Este é o modo de orar que distingue os pagãos dos Cristãos; ele é vão porque Jesus disse: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes…” (Mat. 6:7,8).

A oração nos ensinada por Jesus é o Pai nosso, conforme está escrito: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do maligno” (Mat. 6:9-13); elevemo-la a Deus sob o impulso da graça e com fé. É claro porém que nós crentes não somos chamados a dizer apenas esta oração a Deus, porque se lermos as epístolas de Paulo lá encontramos particulares orações que este apóstolo elevava a Deus pelos irmãos (cfr. Ef. 1:15-19; 3:14-19; Fil. 1:9-11; Col. 1:9-12; 2:1-3; 2 Tess. 1:11,12) que faremos bem também nós em levantar com fé a Deus pelos nossos irmãos. Depois há todas as orações feitas com o espírito, ou pelo Espírito Santo (em outra língua) que os que receberam o Espírito Santo são chamados a elevar a Deus precisamente pelo Espírito Santo (cfr. Rom. 8:26,27; Ef. 6:18; Judas 20), sem entender o que eles dizem a Deus. E por fim as invocações que dirigimos a Deus em circunstâncias particulares por nós (ou por outros); antes de viajar para pedir-lhe que nos proteja, no meio de certos perigos, na doença para que nos cure, ou na necessidade de alguma coisa material para que supra a nossa particular necessidade. Mas em todos estes casos as orações são dirigidas a Deus.

Por fim, por quanto respeita ao objecto material feito de grãos de que se usam os Católicos romanos para orar é necessário dizer que ele é de origem pagã porque é usado desde tempos antigos tanto entre os Budistas como entre os Muçulmanos, portanto é um costume, o de orar com o rosário, que afunda as suas raízes no paganismo.

Ela esmagará a cabeça do diabo. Também esta é uma mentira fabricada pela cúria romana para exaltar Maria. É uma mentira que é feita parecer verdade ao povo desta maneira: são tomadas as seguintes palavras que Deus dirigiu à antiga serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te esmagará a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gen. 3:15), e lhe é dada a interpretação que nestas palavras está ensombrada a vitória que Maria alcançará sobre a serpente.

Cuidai que Deus disse à serpente que a descendência da mulher, e não a mulher, lhe esmagaria a cabeça, por isso se deve concluir que Deus com estas palavras predisse à serpente que o Cristo lhe esmagaria a cabeça. Portanto, segundo o que diz a Escritura não será Maria a pisar Satanás mas sim Deus, de facto na epístola aos Romanos Paulo diz: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rom. 16:20). A Deus seja a glória agora e eternamente. Amen.

Ela é co-redentora da humanidade. Maria ‘dependentemente de Cristo, mas como único princípio com Ele, cooperou na redenção objectiva e por isso foi verdadeira co-redentora (…) dependentemente de Jesus, mas como único princípio com Ele, satisfez para todos os pecados da humanidade, pagou a Deus o preço da nossa libertação, ganhou todas as graças para os homens, aplacando (a seu modo) Deus com o seu voluntário e necessário concurso para o sacrifício da cruz’ (Pasquale Lorenzin, op. cit., pag. 499-500).

Esta é uma outra mentira que os teólogos católicos ensinam sobre Maria e o fazem fazendo todo tipo de vãos raciocínios como por exemplo: ‘Pode-se dizer que a virgem seja a salvadora do mundo por ter sofrido junto com o Filho, voluntariamente por ela oferecido à divina justiça’. A Escritura diz de várias maneiras que só Jesus Cristo é o Salvador do mundo porque só ele morreu sobre a cruz pelos nossos pecados e nenhum outro com ele: eis algumas passagens que o afirmam:

Ÿ Jesus disse: “O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10); e: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á” (João 10:9); e ainda: “Eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo” (João 12:47).

Ÿ Paulo disse: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores..” (1 Tim. 1:15);

Ÿ Pedro disse: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Actos 4:12);

Portanto nós rejeitamos as afirmações dos teólogos católicos segundo as quais Maria, a mãe de Jesus, tenha sofrido junto com o seu Filho por nós, porque elas são privadas de qualquer fundamento escritural. Fizerem Maria tornar-se também a salvadora do mundo. Realmente os teólogos desta organização religiosa introduziram todo o tipo de mentiras sobre Maria. Ó guias cegos; mas dizei-me: ‘Quem foi pregado na cruz? Jesus ou Maria?’, ‘Quem derramou o seu sangue como preço de resgate pelos nossos pecados? Jesus ou Maria?’, ‘Quem ressuscitou para a nossa justificação? Jesus ou Maria? Mas até quando vos gloriareis da mentira e mentireis contra a verdade?

Ela é a madona ou nossa senhora. O termo madona deriva do termo italiano madonna que é uma palavra latina (mea domina) que significa ‘minha senhora’; este sobrenome dado a Maria não aparece nas sagradas Escrituras mas foi-lhe dado para exaltá-la. Como Tomé chamou a Jesus Cristo “Senhor meu” (João 20:28), assim os Católicos romanos chamam a Maria ‘minha Senhora’ para não fazê-la parecer inferior ao Filho de Deus. Maria não é a nossa Senhora, mas é uma nossa irmã, por isso nós crentes nos recusamos a chamá-la nossa senhora.

Ela é mãe da Igreja. Ela foi declarada tal por Paulo VI em 1964 nestes termos: ‘Nós proclamamos Maria Santíssima mãe da Igreja (…) e queremos que, com este suavíssimo Título, a Virgem seja, de agora em diante, ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão’. Para o nascimento deste título contribuiram as seguintes palavras de Agostinho sobre Maria: ‘…Mas ela é mãe, com plena evidência, dos seus membros – e nós estamos entre estes – porque cooperou, com a caridade, para o nascimento, na Igreja, dos fiéis que são os membros do cabeça’ (Agostinho de Hipona, Da Santa Virgindade, Primeira Parte, primeira secção, VI). Para sustentar com as Escrituras este título lhe dado os teólogos papistas tomam as palavras de Jesus ditas ao discípulo que ele amava: “Eis aí tua mãe!” (João 19:27).

Este título dado a Maria não corresponde de modo nenhum à verdade porque a Escritura a chama a mãe de Jesus mas não a mãe da Igreja, e por isso dissentimos profundamente das referidas palavras de Agostinho. (Tende sempre presente que os teólogos romanos se baseam muitas vezes em palavras de Agostinho para sustentar diversas suas heresias). A mãe da Igreja é a Jerusalém de cima conforme está escrito aos Gálatas: “Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é nossa mãe. Pois está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque mais são os filhos da desolada do que os da que tem marido” (Gal. 4:26,27). A mãe das filhas de Deus não é Maria mas Sara porque Pedro depois ter dito às mulheres que o seu adorno não deve ser o exterior mas “o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito benigno e pacífico, que é precioso diante de Deus” (1 Ped. 3:4), diz: “Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos, como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, se fazeis o bem e não temeis nenhum espanto” (1 Ped. 3:5,6).

Pelo que concerne ao facto de Jesus quando estava na cruz, vendo sua mãe e junto dela o discípulo que ele amava, ter dito a sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho!” (João 19:26) e ao discípulo: “Eis aí tua mãe” (João 19:27), é necessário dizer que Jesus estas palavras as dirigiu só à sua mãe e só ao discípulo que ele amava, com efeito, está escrito logo depois que “desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (João 19:27). Não nos admiramos do facto de a cúria romana tomar diversas passagens que se referem a Maria e as interpretar a seu agrado para exaltar a mãe de Jesus. Porquê? Porque é sabido que os que mentem contra a verdade e se gloriam contra ela porque cheios de contenda e de inveja, para sustentar a mentira mediante a verdade têm que forçosamente dar explicações falsas à Palavra de Deus. Fazem dizer às Escrituras o que elas não dizem; como fazem as Testemunhas de Jeová, os Mórmons, e tantas e tantas outras seitas, nem mais nem menos.

Vimos pois quais são as mentiras que a cúria romana diz sobre Maria; mas julgamos que não tenham acabado por aqui. Qual será a próxima? Porventura que também ela foi gerada pelo Espírito Santo? Ou porventura que quando Jesus voltar do céu sua mãe estará no cavalo branco que ele montará ou quiçá num outro cavalo branco ao seu lado? Estaremos para ver; seja como for é de se esperar de tudo destes guias cegos.

As glórias de Maria

Para vos fazer compreender quanto os Católicos são apegados ao culto de Maria e o que representa verdadeiramente Maria para eles proponho à vossa atenção alguns trechos tirados do livro As glórias de Maria, escrito por Afonso Maria de Ligório (1696-1787) há mais de dois séculos e aprovado solenemente pela igreja romana com um decreto especial de Gregório XVI. Este livro sobre Maria é muito amado pelos Católicos romanos.

‘Deus quer que todas as graças nos provenham por mão de Maria’ (Alfonso Maria De Liguori, Le glorie di Maria, Roma 1944, pag. 15); ‘Quantas são as criaturas que servem a Deus, tantas devem ainda servir a Maria; já que os Anjos, os homens e todas as coisas que estão no céu e na terra, estando sujeitas ao império de Deus, estão também sujeitas ao domínio da Virgem’ (Alfonso de Liguori, op. cit., pag. 28); ‘O eterno Pai deu ao Filho o ofício de julgar e punir, e à Mãe o ofício de compadecer-se e levantar os miseráveis’ (ibid., pag. 31); ‘Como Adão e Eva por uma maçã venderam o mundo, assim ela com o Filho com um coração resgataram o mundo. Bem pôde Deus, confirma S. Anselmo, criar o mundo do nada; mas tendo-se perdido o mundo pela culpa, não quis Deus repará-lo sem a cooperação de Maria’ (ibid., pag. 206,207); ‘É impossível que se dane um devoto de Maria que fielmente a obsequia e a ela se recomenda’ (ibid., pag. 282). Me fico por aqui com as aberrações escritas por aquele idólatra [5] porque considero que tenhais percebido suficientemente o que é com efeito Maria para os Católicos romanos. E depois os Católicos romanos nos vêm dizer que são Cristãos, que somos todos irmãos e tantas outras belas coisas! Mas quais Cristãos, mas quais irmãos?

Irmãos, me dirigo a vós que falais tanto de ecumenismo: mas vos dais conta com quem tendes a ver? Mas não vedes que vos prendestes com gente que a Cristo não o têm em nenhuma consideração em comparação a Maria? Acordai do vosso sono mortal no qual caístes!

Os marianos são idólatras

Quem são os marianos? São todos aqueles Católicos que dizem que se deve adorar só a Deus, mas negam com as suas obras esta sua afirmação porque se prostram diante das estátuas e das imagens que figuram Maria e a adoram, oram a ela e a invocam. À cabeça dos marianos está João Paulo II; sob seu empurrão o culto a Maria nesta última década recebeu um forte impulso tanto nesta nação como no resto do mundo. Seja bem claro que a sua habitual afirmação: ‘Mas nós não a adoramos mas a veneramos’, de modo algum significa que eles a recordam e a honram mas não a adoram, porque os factos demonstram o contrário. São idólatras porque oferecem culto a uma criatura em vez de ao Criador; são idólatras porque a Escritura diz: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele renderás culto [ ou servirás] ” (Mat. 4:10), enquanto eles adoram Maria por eles considerada a sua Senhora e o seu Deus. Como podem afirmar que a sua veneração não é idolatria quando eles louvam, oram e invocam a Maria como se fosse Deus? Há uma outra afirmação a que os Católicos romanos recorrem com o objectivo de fazer perceber que eles não adoram Maria mas adoram só a Deus, e é esta: eles dizem que a Deus dirigem o culto de latria (do grego latreia que significa ‘adoração’ e ‘serviço’) [6], mas a Maria o culto de iperdulia (serviço superior) e não o de latria. É supérfluo dizer que este é um daqueles vãos raciocínios feitos pela cúria romana para defender o culto a Maria. O culto deve ser rendido só a Deus; portanto não importa de que tipo seja o culto rendido a outras pessoas além de Deus, se de dulia, de iperdulia, ou de protodulia, ele é idolatria.

Irmãos, o repito: sabei que todos os que adoram e oram a Maria são idólatras cujos entendimentos foram cegados pelo deus deste século; por isso não vos esquiveis de dizer aos Católicos romanos que eles se devem arrepender (deixando de servir a criatura) e crer na verdade do Evangelho para servir o Criador que é bendito eternamente. Amen.

O que diz a Escritura de Maria

Depois de ter demonstrado quantas coisas falsas são ditas pelos teólogos papistas sobre Maria quero transcrever o que a sagrada Escritura diz desta nossa irmã em Cristo.

Maria era uma jovem virgem da cidade de Nazaré que tinha sido prometida esposa a um homem da casa e família de Davi, chamado José. Ela, antes que se desposasse com José, no tempo estabelecido por Deus recebeu a visita do anjo Gabriel o qual lhe disse: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada será impossível. Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:28-38).

Depois disso, Maria foi visitar Isabel e quando a saudou, aconteceu que o menino que estava no ventre de Isabel saltou no seu ventre; “e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! E donde me provém isto, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois logo que me soou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria dentro de mim. Bem-aventurada aquela que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas. Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva. Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Com o seu braço manifestou poder; dissipou os que eram soberbos nos pensamentos de seus corações; depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes. Aos famintos encheu de bens, e vazios despediu os ricos. Auxiliou a Israel, seu servo, lembrando-se da misericórdia de que tinha falado a nossos pais, para com Abraão e a sua descendência para sempre. E Maria ficou com ela cerca de três meses; e depois voltou para sua casa” (Lucas 1:41-56).

Ora, José quando viu que Maria tinha ficado grávida, não sabendo que ela tinha ficado grávida por virtude do Espírito Santo, “intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; e dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de emanuel, que traduzido é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mat. 1:19-25).

Maria, quando chegou para ela o tempo de parturir, deu à luz o seu filho primogénito e o parturiu em Belém, a aldeia onde estava Davi. A razão pela qual ela e seu marido José se encontravam em Belém quando ela teve que dar à luz foi porque naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto para que se fizesse um recenseamento de todo o império. E como todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade, assim também José, como era da família de Davi, teve que deslocar-se a Belém, a cidade de Davi para alistar-se com Maria sua esposa (cfr. Lucas 2:1-7). Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que tinha dito o profeta Miquéias a propósito do lugar onde nasceria o Cristo do Senhor; o profeta de facto tinha dito: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel” (Mat. 2:6; Miq. 5:1). Em Belém, o menino Jesus quando nasceu, foi posto numa manjedoura e lá foram achá-lo os pastores que tinham sido avisados por um santo anjo de Deus do que tinha acontecido em Belém (cfr. Lucas 2:8-18). Quando os pastores disseram o que tinha sido dito a eles daquele menino pelo anjo todos ficaram maravilhados das coisas ouvidas deles, e “Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração” (Lucas 2:19). Ainda em Belém foram achar o menino Jesus os magos que tinham vindo do Oriente para adorá-lo; eles, guiados pela estrela que lhes tinha aparecido no Oriente (cfr. Mat. 2:9), chegaram à casa onde estava o menino, “e entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra” (Mat. 2:11,12).

Depois de tudo isto, José por ordem de Deus se retirou para o Egipto até à morte de Herodes, depois, ainda por ordem de Deus, voltou a Israel e foi habitar numa cidade da Galiléia chamada Nazaré (cfr. Mat. 2:13-23). Foi aqui que Jesus foi criado pelos seus pais. Na idade de cerca de doze anos, os seus pais o levaram a Jerusalém à festa da Páscoa, e terminados os dias da festa, “ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém sem o saberem seus pais” (Lucas 2:43). Quando eles se aperceberam que não estava na comitiva começaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos e voltaram a Jerusalém em busca dele. O acharam no templo, sentado no meio dos doutores que os ouvia e lhes fazia perguntas (cfr. Lucas 2:44-47). Quando os seus pais o viram “disse-lhe sua mãe: Filho, por que procedeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?” (Lucas 2:48,49).

Na idade de cerca de trinta anos Jesus deixou a Galiléia e se dirigiu ao Jordão onde foi batizado por João o Batista. Começou desde aquele tempo a pregar o reino de Deus, a curar os enfermos e a expulsar os demónios. O primeiro dos seus milagres, o fez em Caná da Galiléia em ocasião de um convite nupcial ao qual tinha ido com os seus discípulos. Estava presente também sua mãe, a qual quando viu que estava a faltar o vinho disse a Jesus: “Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (João 2:3,4): a estas palavras Maria disse aos serventes: “Fazei tudo quanto ele vos disser” (João 2:5). Os serventes fizeram tudo o que Jesus ordenou eles fazer; encheram seis talhas de água, depois tiraram e levaram ao mestre-sala o qual provou a água que se tinha tornado vinho. Assim Jesus mudou a água em vinho em Caná da Galiléia.

Numa outra ocasião, enquanto ele estava ensinando chegaram sua mãe e seus irmãos os quais ficando fora, o mandaram chamar. Foi-lhe dito: “Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe” (Mar. 3:32-35).

Chegou depois o dia em que Jesus foi crucificado, e Maria sua mãe estava junto da cruz enquanto Jesus sofria sobre ela. Jesus, antes de expirar, “vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (João 19:26,27).

Depois que Jesus ressuscitou e foi elevado ao céu, Maria estava com os discípulos no cenáculo a orar junto com eles, de facto está escrito: “Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância da jornada de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde permaneciam Pedro e João, Tiago e André, Felipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (Actos 1:12-14).

Eis as referências sobre Maria presentes na sagrada Escritura. Como podeis ver entre esta Maria e a da igreja católica romana há uma grande diferença.

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