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A imposição do celibato aos clérigos é uma doutrina de demónios

Vamos agora confutar pelas Escrituras a doutrina do celibato forçoso. Paulo disse a Timóteo:

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento….” (1 Tim. 4:1-3).

Portanto a doutrina que proíbe o matrimónio aos padres e aos diáconos é diabólica! Mas por que motivo o dogma que nega aos padres e aos diáconos o casamento é uma doutrina de demónios que contrasta a verdade? Porque o não casar, ou seja o celibato, é um dom que procede de Deus e não uma coisa que homens têm o direito de impor a outros, de facto, Jesus disse que “nem todos podem aceitar esta palavra” (a de não casar) “mas somente aqueles a quem é dado” (Mat. 19:11), e Paulo disse: “Quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra” (1 Cor. 7:7)

Qual é o resultado a que leva a imposição do celibato aos padres? Este; que os padres se abandonam à impureza e à fornicação escandalizando assim as pessoas; mas aliás Paulo disse claramente por que motivo o homem deve casar: “Para evitar as fornicações, tenha cada homem sua própria mulher…” (1 Cor. 7:2). Não é pois de admirar se depois aqueles a quem é imposto o celibato se abandonam à impureza e à fornicação. Nós chegámos à conclusão que como Paulo diz aos solteiros: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1 Cor. 7:9), a igreja romana com o seu dogma sobre o celibato não faz mais que afirmar que para os padres é melhor abrasar-se do que casar . Pela enésima vez a cúria romana voltou as costas à verdade! Mas o que verificamos ainda uma vez no falar da cúria romana sobre o celibato é o enésimo falar contraditório. Porquê? Porque por um lado ela afirma que o celibato é um dom que vem de Deus (o chamam dom da castidade) e por outro afirma que a igreja o exige a todos os que ambicionam ao sacerdócio e que entraram no sacerdócio! Mas se o celibato é um dom porquê impô-lo e não deixá-lo facultativo? Impor a alguém um dom de Deus, como na realidade faz a cúria romana com os seus sofismas, é uma coisa absurda: é como dizer a alguém que não tem o dom do poder de operar milagres que deve fazer milagres! É como dizer a um crente que não tem o dom de profecia que deve forçosamente profetizar porque este é um dom de Deus! Mas Paulo disse aos Romanos: “Se temos dom de profecia, profetizemos…” (Rom. 12:6 Riveduta), portanto se não temos o dom de profecia não podemos nos pôr a profetizar. Da mesma maneira, se alguém tem o dom de não casar não se case, mas quem não o tem case-se para não cair na fornicação. Mas nós queremos também dizer a tal propósito que a faculdade de não casar não é dada por Deus a alguém porque este a pede a Deus, mas independentemente da sua vontade, ou seja, porque Deus decretou não fazê-lo casar. Mas ponhamos também o caso que alguém peça a Deus o dom de não casar: quem disse que Deus forçosamente lhe o concederá? A Escritura diz que “esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos” (1 João 5:14,15); portanto, mesmo que um crente pedisse a Deus o dom de não casar, ele será ouvido só se esta for a vontade de Deus para com ele. Mas assim não ensina a cúria romana que afirma que Deus não lhe o negará. Mas a falsidade desta afirmação é evidente: os sacerdotes católicos entram na ordem pensando ter o dom do celibato porque Deus o lhes tinha concedido para desempenharem as suas funções sacerdotais, e depois eles se dão conta de estarem privados deste dom. Eis as provas de que esta afirmação é a enésima mentira na qual a cúria romana induz milhões de pessoas a crer! 

Mas vamos agora examinar pelas Escrituras a razão adoptada a favor da imposição do celibato; isto é, que o celibato é necessário aos sacerdotes, ou melhor, indispensável para servir a Deus de maneira fiel e santa. Prescindindo do facto de os sacerdotes católicos não servirem a Deus e que é diabólico impor-lhes o celibato, nós, por aquilo que ensina a Escritura deduzimos de maneira evidente que se pode servir a Deus na Igreja dignamente também sendo casado e não só sendo solteiro (ou seja com o dom do celibato recebido de Deus). Se assim não fosse, Paulo nunca teria dito a Timóteo que tanto os bispos como os diáconos devem ser maridos de uma só mulher e devem governar bem as suas famílias, (fazendo implicitamente entender que eles devem ser casados). Mas depois há uma outra coisa a dizer; Paulo a Tito disse que o ancião (ou seja o bispo) além de marido de uma só mulher, para ser recebido neste ofício, deve ser também justo, santo, e temperante; isto significa que o bispo sendo casado pode ser também justo, santo e temperado em todas as coisas, e que o matrimónio não é algo que o manteria por consequência longe da justiça e da santidade e da temperança. Certamente, se o bispo tivesse que ser solteiro e não casado, porque este seu estado seria indispensável para ser justo santo e temperado, Paulo não teria dito tais coisas a Tito. Ainda para confirmar isto recordamos que Paulo a Timóteo quando lhe fala de como devem ser os bispos e os diáconos para assumirem os respectivos ofícios lhe diz: “Também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis” (1 Tim. 3:10); o que significa que os candidatos (casados) ao bispado e ao diaconato, depois de terem sido provados por um certo tempo podem ser achados irrepreensíveis, isto é, sem culpa, e isso ainda que sejam casados e tenham família. Tudo isto faz perceber que o matrimónio não é uma distracção tal a fazer por consequência viver de maneira injusta e ímpia e intemperante quem o contraiu e por isso quem é casado não pode assumir o ofício de bispo ou diácono na Igreja de Deus. E depois também os apóstolos eram casados (tirando Paulo e Barnabé) conforme diz Paulo aos Coríntios:

“Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1 Cor. 9:5).

Que Pedro era casado o testifica também Mateus quando fala da cura da sua sogra:

“E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou” (Mat. 8:14).

No entanto os apóstolos eram homens santos porque se santificavam no temor de Deus e não davam motivo de escândalo em coisa alguma! Esta é mais uma confirmação que ser casado e ter relações carnais com a própria mulher não significa andar segundo a carne e não poder agradar a Deus.  
Mas a estas Escrituras do Novo Pacto que são nitidamente em favor do matrimónio também dos bispos e dos diáconos, queremos também acrescentar outras Escrituras do Antigo Pacto que confirmam a mesma coisa; isto é, que se pode ser casado e ser dos fiéis e santos servos de Deus na sua casa. 

Noé, que Pedro chama, pregador da justiça, e que a Escritura diz que “era homem justo e perfeito em suas gerações” (Gen. 6:9), era casado com filhos. 

Moisés que era profeta e que o escritor aos Hebreus diz que “foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Heb. 3:5), era casado e tinha filhos.

Arão, o sumo sacerdote era casado conforme está escrito: “E Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naasson; e ela deu-lhe Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar” (Ex. 6:23). Segundo a lei o sumo sacerdote podia-se casar. Lembramos que o sumo sacerdote era o único que podia entrar no lugar santíssimo, isto é, no lugar para dentro do véu onde estava a arca; que entrava lá uma vez ao ano e que entrava lá com o sangue que devia servir para fazer a expiação dos pecados do povo. 

Isaías, também ele profeta, era casado porque está escrito: “E fui ter com a profetisa, e ela concebeu, e deu à luz um filho” (Is. 8:3). 

Oséias, também ele profeta, era casado porque está escrito: “Quando o Senhor falou no princípio por Oséias, disse o Senhor a Oséias: Vai, toma por mulher uma meretriz, e gera filhos de prostituição…” (Os. 1:2). 

O profeta Ezequiel era também ele casado conforme está escrito: “Falei ao povo pela manhã, e à tarde morreu minha mulher…” (Ez. 24:18). 

Queremos concluir dizendo isto; a cúria romana afirma que os sacerdotes católicos romanos são como os sacerdotes levíticos do Antigo Pacto em um certo sentido, mas eles esquecem voluntariamente que também os sacerdotes levíticos, que ofereciam os sacrifícios em prol do povo, eram casados e podiam-se casar

Lembramos a propósito dos sacerdotes, que Zacarias, o pai de João Batista, era um sacerdote da turma de Abias e que era casado com Isabel que era das filhas de Arão. E “ambos eram justos diante de Deus, andando irrepreensíveis em todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (Lucas 1:6). Vedes? Ele era um sacerdote debaixo do Antigo Pacto, era casado no entanto andava irrepreensível em todos os preceitos do Senhor. 

Agora explicamos algumas Escrituras tomadas pela cúria romana para sustento do celibato forçoso.

Por quanto respeita ao facto de Deus ter proibido a Jeremias de se casar conforme está escrito: “E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar” (Jer. 16:1,2), é necessário dizer antes de mais que foi Deus a proibir-lhe de se casar e não o sumo sacerdote do tempo ou algum outro, e depois que esta ordem específica de Deus para ele tinha a seguinte motivação: “Porque assim diz o Senhor, acerca dos filhos e das filhas que nascerem neste lugar, acerca de suas mães, que os tiverem, e de seus pais que os gerarem nesta terra: Morrerão de enfermidades dolorosas, e não serão pranteados nem sepultados; servirão de esterco sobre a face da terra; e pela espada e pela fome serão consumidos, e os seus cadáveres servirão de mantimento para as aves do céu e para os animais da terra” (Jer. 16:3,4). Portanto Deus proibindo a Jeremias de se casar e de ter filhos quis poupar-lhe outras aflições.

Queremos dizer também algo acerca das palavras de Jesus: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram…” (Lucas 23:28,29). Com estas palavras Jesus não ordenou às virgens para não se casarem e nem proclamou bem-aventuradas as mulheres que eram estéreis porque doutra forma teria contradito a verdade dado que segundo a lei a mulher era livre de se casar e aquela que era estéril não era considerada uma mulher bem-aventurada. Jesus quis dizer apenas que quando Jerusalém fosse abatida pelas legiões romanas aconteceria que as mulheres que tinham dado à luz filhos e filhas ficariam privadas dos seus filhos e por este facto, então naqueles dias as estéreis que não tinham podido dar à luz e amamentar seriam proclamadas felizes porque não sofreriam essa privação dolorosa.

Por quanto respeita às palavras de Paulo: “Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor, mas quem é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à sua mulher” (1 Cor. 7:32,33), palavras que são tomadas para exaltar o celibato e desprezar o matrimónio, queremos dizer que Paulo com elas quis somente dizer que quem não é casado está privado daquelas solicitudes que estão presentes no que é casado; e por isso pode dedicar maior tempo às coisas do Senhor não tendo mulheres e filhos de que cuidar. Certo, por exemplo quem não é casado nas viagens que faz por causa do Evangelho está mais livre do que um que viaja pelo mesmo motivo com mulher e filhos; e nas perseguições não tem de pensar também na sorte da sua mulher e dos seus filhos; mas isso não faz do solteiro uma pessoa mais santa do que aquele que é casado ou uma pessoa mais feliz do que aquele que é casado. Uma outra razão pela qual Paulo aconselhava aos solteiros a permanecer nesse estado era para poupá-los da tribulação na carne que padeceriam se fossem casados, de facto diz: “Todavia os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos” (1 Cor. 7:28); mas também aqui importa dizer que a tribulação na carne presente naqueles que se casam não é algo que degrada o matrimónio relativamente ao celibato. Longe de nós pensar que o matrimónio seja desprezível porque proporciona tribulação na carne a quem o contrai, ou porque, “quem é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à sua mulher” (1 Cor. 7:33) (motivo que é em vão adoptado para sustento do celibato forçoso); porque está também escrito: “Honrado seja entre todos o matrimónio” (Heb. 13:4). Portanto também o matrimónio dos ministros de Deus, dos bispos e dos diáconos, deve ser honrado. Para concluir, fica o facto que Paulo não impôs o celibato a ninguém, mas disse a quem recebeu o dom de não casar para não tomar mulher, e para casar a quem abrasa e sente não ter o dom de não casar assegurando-lhe que, assim fazendo, ele não pecará conforme está escrito: “Mas, se te casares, não pecas” (1 Cor. 7:28).

Quanto a vós, ó padres incontinentes que abrasais, convertei-vos dos ídolos ao Senhor, saí deste pseudo-sacerdócio cristão e casai-vos; então sereis verdadeiros sacerdotes na presença de Deus e deixareis de abrasar.

Por fim, devemos dizer que o celibato foi ainda assunto de viva discussão no seio da igreja romana porque nem todos estiveram de acordo sobre a oportunidade de impô-lo. Há muitos prelados hoje na igreja latina que queriam que o celibato fosse facultativo. Mas até hoje prevaleceu a imposição que produziu escândalos de todo género no seio da igreja romana desde que foi assumida. Mas que fazem muitos padres obrigados a viver solteiros contra a sua vontade? Pedem a dispensa para se poderem casar; preferindo casar e deixar o sacerdócio católico do que continuar a se abandonar à fornicação e à impureza. Entre 1963 e 1969, sob Paulo VI, mais de oito mil sacerdotes pediram a dispensa dos votos, enquanto outros três mil deixaram o sacerdócio sem esperar a permissão. Também sob João Paulo II muitos padres abandonaram o sacerdócio para se poderem casar. Ora, é caso para se perguntar: Mas por que perante todos os escândalos operados pelos padres, muitos dos quais vivem com a sua concubina, e perante todos os pedidos de dispensa que todos os anos são apresentados por muitos padres, e perante o abandono do sacerdócio por parte de muitos padres sem esperar a permissão, a cúria romana continua a impor o celibato? Que proveito tira disso? Não a prejudica? Certamente que a prejudica em muitos aspectos, mas não se pode esquecer que a igreja papal mediante o celibato forçoso defende os seus interesses económicos e financeiros. Me explico melhor fazendo este exemplo: por que é que a igreja romana tolera que um padre viva fornicando ficando ao mesmo tempo no seu lugar, enquanto não tolera que um padre se possa casar e ficar a cumprir o seu ofício de sacerdote? A razão é porque a concubina de um padre não pode avançar nenhuma pretensão sobre os bens eclesiásticos à morte do prelado, enquanto uma mulher sim. Portanto a igreja romana se usa do celibato forçoso para manter a propriedade de todos os seus bens acumulados no curso do tempo.

Mas uma outra razão pela qual a cúria romana impõe o celibato aos padres é porque sendo um sistema absolutista necessita dos súbditos totalmente submetidos aos seus superiores. E o celibato garante a submissão incondicionada que o papa quer. Em suma um padre solteiro, para a cúria romana, é muito mais controlável do que um casado; um padre solteiro é mais leal do que um casado. Portanto, na realidade, o motivo que é adoptado para o celibato, ou seja, o de uma vida mais santa, é só um pretexto; porque o celibato é imposto por uma questão de controle. 

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1 Comment

  1. Perfeito, Deus te abençoe.

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